Novo escândalo começa a dá os seus primeiros sinais, após investigações em sigilo, até agora.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, é investigado pela suspeita de fazer pagamentos a políticos aliados, utilizando-se do dinheiro obtido por meio do esquema de corrupção na Petrobras e até nos recursos do FGTS.
A suspeita é que Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa nomeado para o cargo por influência de Cunha, é quem favorecia o esquema.
Cleto integrava o conselho curador do fundo de investimento do FGTS e promovia articulações de liberações ilegais de “recursos” para empresas nacionais favorecidas, em todo o país.
O propinoduto foi abastecido em projetos submetidos a decisão e autorização do Fundo do FGTS, sobretudo na liberação de recursos para o fundo de investimentos no projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, a cargo da Carioca Engenharia em consórcio com outras duas empresas enroladas na Lava Jato, a OAS e a Odebrecht.
Não está descartada a hipótese de um possível “mensalão” com o qual Eduardo Cunha garantia a fidelidade desse grupo, cujos nomes são mantidos sob sigilo absoluto.
A investigação que corre sigilosamente há meses começou a ser realizada a partir e revelação de diretores da empresa Carioca Engenharia, que fecharam acordo de delação premiada.
No final do mês, o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ampliou em mais R$ 21,7 bilhões os recursos disponíveis para financiar a compra da casa própria.
O aumento fará com que o total liberado pelo FGTS para o crédito imobiliário salte para R$ 83,7 bilhões em 2016. (DP)